Usando o Pix no exterior: Como os viajantes brasileiros estão pagando de forma mais inteligente em 2025

Durante muito tempo, quem viajava para fora do Brasil tinha basicamente duas opções para pagar despesas: levar dinheiro em espécie ou usar o cartão de crédito. Ambas, no entanto, traziam desvantagens, carregar dinheiro envolvia riscos de segurança e taxas de câmbio pouco vantajosas, enquanto os cartões escondiam tarifas, IOF elevado e a incerteza da conversão só ser feita dias depois da compra.

Em 2025, esse cenário começa a mudar. O Pix, que nasceu como um sistema rápido, gratuito e seguro para transferências nacionais, está ultrapassando fronteiras. Graças a parcerias entre fintechs brasileiras e estabelecimentos internacionais, já é possível pagar com Pix em destinos bastante procurados, como Paris, Lisboa, Miami, Buenos Aires e até restaurantes em Ciudad del Este.

Essa tendência não é apenas uma comodidade: ela representa uma forma mais inteligente e econômica de lidar com o dinheiro em viagens internacionais. Com taxas menores, câmbio em tempo real e a confirmação imediata do pagamento, o Pix se torna uma alternativa prática, permitindo que turistas brasileiros se sintam financeiramente em casa, mesmo quando estão longe.

Onde já é possível usar Pix no exterior em 2025

O avanço do Pix para além das fronteiras brasileiras acontece, principalmente, por meio de parcerias entre fintechs e estabelecimentos internacionais. Esses acordos permitem que o turista brasileiro pague em reais, enquanto o comerciante recebe na moeda local, com a conversão acontecendo de forma instantânea.

Em 2025, o sistema já está presente em alguns dos destinos mais visitados por brasileiros:

  • Argentina e Paraguai: em cidades como Buenos Aires e Ciudad del Este, o Pix já se tornou comum em restaurantes, lojas e até em pequenos comércios locais.
  • Europa: em Paris e Lisboa, cafés, hotéis e estabelecimentos voltados ao turismo começaram a adotar o Pix como forma de pagamento, atraídos pelo grande número de visitantes brasileiros.
  • Estados Unidos: em cidades como Miami, que recebe milhares de turistas do Brasil todos os anos, alguns pontos comerciais já oferecem a opção de pagamento via Pix.

Esse movimento ainda não é universal, mas mostra uma tendência clara: o Pix está se tornando um diferencial competitivo para negócios que querem conquistar consumidores brasileiros, conhecidos por representarem uma fatia importante do turismo internacional.

Como funciona o Pix em compras internacionais

Mesmo sem uma versão oficial voltada para transações internacionais, o Pix já está presente no exterior graças a empresas intermediárias que fazem a ponte entre turistas brasileiros e comerciantes locais. O processo é simples para o viajante, mas envolve uma tecnologia que conecta o comerciante estrangeiro ao sistema de pagamentos brasileiro.

Funciona assim:

  1. O estabelecimento no exterior exibe um QR Code para o cliente.
  2. Esse QR Code está vinculado a uma empresa intermediária (geralmente uma fintech), que faz a conversão em tempo real da moeda local para reais.
  3. O viajante escaneia o código no aplicativo do seu banco e paga em reais via Pix.
  4. O comerciante recebe o valor convertido imediatamente na moeda local, sem precisar lidar com a burocracia de câmbio.

Esse mecanismo traz vantagens tanto para o turista quanto para o lojista:

  • Para o viajante: menos taxas, câmbio transparente e sem depender de cartões de crédito.
  • Para o comerciante: acesso facilitado ao poder de compra dos turistas brasileiros, que representam uma fatia significativa do mercado em destinos populares.

Na prática, o cliente brasileiro paga como se estivesse no próprio país, com a diferença de que o valor já sai convertido na hora, com IOF reduzido em comparação às compras feitas no cartão.

Vantagens e desvantagens do Pix no exterior

O uso do Pix em viagens internacionais ainda é uma novidade, mas já apresenta pontos positivos que atraem cada vez mais turistas brasileiros. Ao mesmo tempo, há limitações que precisam ser consideradas antes de adotar o sistema como principal forma de pagamento fora do país.

✅ Vantagens

  • Câmbio em tempo real: o valor é convertido no momento da compra, evitando surpresas com a variação cambial dos cartões de crédito.
  • Taxas mais baixas: o IOF aplicado em transações com Pix costuma ser de 0,38%, muito inferior aos 5,38% cobrados no cartão de crédito internacional.
  • Praticidade: basta o celular e o aplicativo do banco para concluir a compra, sem necessidade de carregar grandes quantias em dinheiro.
  • Segurança: elimina o risco de andar com notas estrangeiras e reduz a exposição a golpes em casas de câmbio informais.
  • Agilidade: pagamento confirmado em segundos, sem depender de autorização da operadora de cartão.

❌ Desvantagens

  • Disponibilidade limitada: apesar do crescimento, nem todos os estabelecimentos no exterior aceitam Pix, ele ainda está concentrado em cidades com grande fluxo de turistas brasileiros.
  • Dependência de fintechs: a transação só acontece porque empresas intermediárias fazem a conversão e repassam o valor ao comerciante.
  • Necessidade de internet: o pagamento só funciona com acesso estável à rede móvel ou Wi-Fi, o que pode ser um desafio em algumas regiões.
  • Aceitação desigual: em muitos países, o Pix ainda é uma curiosidade, e pode ser que o comerciante não esteja familiarizado com o sistema.

Dicas práticas para usar o Pix fora do Brasil

Embora o Pix já esteja disponível em alguns destinos internacionais, é importante que o viajante se prepare antes da viagem para garantir que o uso seja realmente vantajoso e sem contratempos. Veja algumas orientações:

🔑 Antes de viajar

  • Verifique se o seu banco ou fintech oferece suporte ao Pix em transações internacionais: nem todas as instituições possuem parcerias ativas com empresas estrangeiras.
  • Pesquise os destinos: confira se a cidade ou país que você vai visitar já possui estabelecimentos aceitando Pix, especialmente em áreas turísticas.
  • Ative pacotes de internet no celular: o pagamento depende de conexão, portanto é essencial ter roaming habilitado ou um chip local com dados móveis.

💡 Durante a viagem

  • Prefira locais que exibem claramente a opção Pix: restaurantes, hotéis ou lojas que já anunciam essa forma de pagamento costumam ter integração fluida.
  • Confirme o valor antes de pagar: verifique se o câmbio usado pela fintech intermediária é transparente e competitivo.
  • Tenha um plano B: leve também um cartão de crédito ou débito internacional, para situações em que o Pix não seja aceito.
  • Guarde os comprovantes: o recibo digital pode ser útil caso haja algum problema com a transação.

✅ Para aproveitar ao máximo

  • Use o Pix em compras do dia a dia, como refeições, passeios e lembranças.
  • Considere cartões pré-pagos ou contas digitais que já permitem recarga via Pix para gastos no exterior.
  • Combine o Pix com outras estratégias, como saques programados em caixas eletrônicos ou compras específicas no cartão, equilibrando segurança e praticidade.

Um recurso promissor que ainda pede cautela

O Pix já não é apenas um meio de pagamento nacional: em 2025, começa a ganhar espaço no exterior e se apresenta como uma alternativa prática, econômica e segura para os viajantes brasileiros. Com câmbio em tempo real, taxas reduzidas e a comodidade de pagar pelo celular, ele simplifica a experiência de quem deseja evitar as armadilhas do cartão de crédito ou os riscos de carregar dinheiro vivo.

No entanto, é importante manter uma visão realista: a aceitação do Pix ainda está restrita a destinos e estabelecimentos específicos, e sua operação depende de fintechs que fazem a intermediação entre moedas. Por isso, o melhor caminho é usá-lo como um recurso complementar, um

À medida que o sistema evolui e novas parcerias são firmadas, a tendência é que o Pix se consolide como parte do futuro das viagens internacionais, aproximando o turista brasileiro da mesma simplicidade que já experimenta dentro de casa.